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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Dúvidas Pilatianas



Por Pr. João Victor

Nunca tive dificuldade em fazer escolhas. Não que as decisões que tenho que tomar não sejam importantes. Muito pelo contrário. Todos os dias me vejo decidindo, quer seja a respeito de assuntos eclesiásticos, familiares, odontológicos, bem como assuntos essencialmente pessoais. Contudo, minhas escolhas são rápidas e objetivas. Pode ser até um defeito, mas sou um homem de fácil adaptação, tanto para o que me incomoda, quanto para o que não me causa nenhum efeito considerável.
Enfim, não é o caso da maioria. Não era o caso de Pilatos. O governador romano era cheio de dúvidas. Repleto de perguntas. Na verdade, os questionamentos de Pilatos são puramente humanos, perfeitamente nossos. São perguntas que fazemos sempre. Analisemos essas questões.

Na biografia de Jesus Cristo mediante a avaliação de João, no seu capítulo 18 e versículo 28 ao 38, percebemos várias dúvidas, que vou ter a atenção de chamar de pilatianas, para jogar a responsabilidade sobre um "pecador" (oh, quão perfeitos somos, não é?).

Caifás e seus comparsas levam Jesus ao Pretório. Todavia não entram. Eles poderiam se contaminar (oh quão puros somos, não é?). Afinal de contas, a Páscoa se aproximava. Os líderes religiosos da época se dispunham a matar a mensagem de Jesus, mas não admitiam entrar em um lugar impuro. Será que não temos feito o mesmo? Será que não matamos a essência do evangelho? Eles eram muito santos. Não vou tocar nesse assunto...Talvez depois.

Pilatos fez algumas perguntas. Vamos aprender com elas.
1. Que acusação trazeis contra este homem? Que acusação trazemos contra Jesus? Por que o culpamos de tudo? Por que se o carro quebra a culpa tem que ser de Deus? POr que se o filho adoece, reclamamos e dizemos que não aceitamos, que somos filhos de Deus, que isso não pode acontecer, e bla blá blá? Trazemos inúmeras acusações contra Ele. E Ele é o menos culpado de tudo. Se colhemos, colhemos o que plantamos. Lei da semeadura. Bactérias não podem ser demonizadas nem Jesus pode ser responsabilizado pela ausência de manutenção nos veículos dos "santos".
Acusar Jesus de quê?
É triste ver que nossa sociedade e, pasmem, nossas igrejas estão repletas de acusadores. Que provas Caifás tinha contra Jesus? Provas verbais. Disse-me-disses. Pilatos estava corretíssimo. Era necessária uma acusação.

2. És tu o rei dos judeus? Ah! Agora Pilatos começa a se preocupar. Ora, um governador é submisso ao seu rei. Surge a possibilidade de concorrência na mente. Pilatos deixaria de ser "a pessoa com quem se resolve as coisas" dos judeus. A autoridade política de Pilatos corre perigo. Daí a preocupação.
Jesus, és tu o rei?
É comum ver pessoas agindo da mesma forma quando estão diante de pseudo-ameaças. Quem é esse funcionário novo? Será que ele vai roubar o meu lugar no louvor? A mensagem desse obreiro arrancou mais glórias do que a minha. Será que o povo vai gostar mais dele? Será que essa igreja que abriram aqui perto vai roubar minhas ovelhas? Que pensamento estúpido! Jesus é Rei. Você é você. Não aumente seus esforços para parecer melhor aos olhos de seus "adversários", mas eleve sua qualidade por você mesmo.

Outro aspecto importante dessa pergunta é que, quando a ameaça chega, refazemos a mesma pergunta sucessivamente (por mais exagerado que seja meu pleonasmo). Esquecemos que Jesus é Rei. Perguntamos como João Batista, a Voz que clamava no deserto, em meio ao desepero e à ameaça, se existe ainda um outro rei. O Grande Rei nos serve quando somos súditos prósperos. Quando a crise aperta, o primeiro a ser crucificado é o rei. Quão submissos somos, não é?

Jesus responde a Pilatos com outra pergunta: "vem de ti mesmo esta pergunta ou disseram outros a meu respeito? Puxa vida, Pilatos! Nem opinião própria você tem? Pare de ser influenciável. Seja você mesmo.
Tudo bem, está perdoado. Pilatos não era judeu. Não conhecia Jesus. Realmente, precisava ouvir uma outra versão da história, o outro lado da moeda. Pilatos precisava saber a verdade. Daí surge a derradeira pergunta:

3. Que é a verdade? Pergunta errada. Os budistas tem a sua verdade. Os xantoístas, hindus, católicos, protestantes, espíritas, TJ's, adventistas também. Os islãmicos encontram verdade em amarrar bombas no corpo e se explodir. Os judeus são tão cheios de verdades que parecem ser realmente verdadeiros. E são. Verdadeiros nas suas verdades. A pergunta foi mal formulada. Pilatos deveria ter perguntado QUEM É A VERDADE. A VERDADE ESTAVA DIANTE DE PILATOS. A verdade que apaga todas as dúvidas, humanas e pilatianas. JESUS. ELE É A VERDADE!

Acho que isso basta por hoje. Antes que alguém apareça defendendo a sua verdade, encerro. Estou feliz com a minha. E não tenho dúvidas em relação a isso. Lavo as mãos por higiene, não por covardia, nem muito menos por duvidar. EU CREIO. VOCÊ CRÊ, PILATOS?

Só pela graça,

João Victor

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Primeiro Amor


João Victor
Banda Contemplar

Tenho andado tão sozinho ultimamente
Que não tenho reparado o que se passa ao meu redor
Toda noite os mesmos sonhos se repetem novamente
Novamente os meus sonhos vão caindo pelo chão

E na tentativa de lembrar o que passou
Lembro que antes eu era mais feliz
Aquela chama que ardia o tempo apagou
Antes eu tinha a vida que eu sempre quis

Quero voltar, quero recomeçar
Me encontrar com o meu primeiro amor
Confesso que não posso mais viver
Sem a tua presença, Senhor

Lembro de como era doce ouvir sua voz
E das minhas lágrimas molhando os teus pés
Hoje vejo o quanto errei em não reconhecer
Que a vida é bem melhor com o teu controle sobre nós

E na esperança de obter o teu perdão
Venho humildemente a ti me entregar
Aquela chama que ardia, quero reacender
Minha aliança quero restaurar.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Somos humanos!


Evangelho de João, capítulo 1
19 E este é o testemunho de João, quando os judeus mandaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para que lhe perguntassem: Quem és tu?
20 E confessou, e não negou; confessou: Eu não sou o Cristo.
21 E perguntaram-lhe: Então quê? És tu Elias? E disse: Não sou. És tu profeta? E respondeu: Não.
22 Disseram-lhe pois: Quem és? para que demos resposta àqueles que nos enviaram; que dizes de ti mesmo?

Muitos vivem em função da opinião dos outros a seu respeito. Dependem de elogios, aplausos, querem ser vistos como espelhos, exemplos. Buscam desesperadamente um lugar ao sol, o palco, microfones e status ministerial. Para isso, é importante, para esses candidatos à fama, o que as pessoas dizem sobre eles.

A responsabilidade é tão grande que muitos lançam sobre os ombros de meros mortais a aterradora idéia de que precisam ser semi-deuses. Super-santos, inerráveis, bocas de Deus na terra, vasos de honra, inquestionáveis, perfeitos. Não importa do que venham lhe chamar. O importante é que o chamem de algo bom.

Cria-se em nosso meio (quando digo nosso, falo do meio evangélico) uma idéia tão errônea de santidade que chega a provocar náuseas. É muita pressão. Presenciei durante anos, jovens, em tenra idade, sendo praticamente "obrigados" a casar por causa de uma relação sexual "ilícita" ou em virtude de uma gravidez não planejada. Muitos desses jovens não tem estrutura alguma para enveredar pelas trilhas do matrimonio. Crianças que, por conveniências religiosas (ou para não se abrasar), veem-se diante de uma situação constrangedora (disciplinas e humilhações) e se casam, saltando várias etapas da vida.

A hipocrisia é tanta que muitos esquecem que somos humanos. Estamos sujeitos a paixões, crises, dores, angústias. A necessidade de mostrar à sociedade evangélica uma conduta inatacável é cruel. Não podemos ser humanos? Não podemos errar? Que espécie de evangelho estamos pregando? O que apedreja? O que julga? O que queima?
Aceitar as falhas é quase impossível num mundo tão perfeito. Homens, quer pastores, líderes ou membros, continuam homens.

Deus não está com um chicote na mão para nos punir. A sociedade sim. E dói. Dói saber que o homem que recebe perdão divino não é digno do perdão humano. Dói saber que nossas falhas serão sempre lembradas e todas nossas virtudes serão esquecidas.
Dói. Dói muito. E dói mais porque fazemos parte disso. Somos acusadores e acusados. Somos quem bate e quem apanha. Estamos no olho do furacão. Ou mudamos nosso modo de enxergar a vida ou passaremos a vida inteira tentando ser o que não somos.

João Batista não queria ser Cristo (embora muitos se achem numa cruz). Ele não queria ser Elias (embora muitos afirmam ter poder para descer fogo do céu e consumir os ímpios). João não queria ser reconhecido como profeta (embora seja uma alcunha almejada por muitos). João queria ser reconhecido como uma voz. Um voz que clama num deserto. Uma voz humana. NÃO SOMOS SERES ESPECIAIS. SOMOS HUMANOS! E ISSO BASTA!

Só pela graça,

João Victor

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Sessão Polêmica

Será que essa música poderia fazer parte do Livro de Cântico dos Cânticos de Salomão?



Ou será que o amor é tão diabólico assim?

Opinem...

Só joguei o assunto no ar.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Lições de vida!



Conta-se que numa manhã de domingo duas conversavam animadamente quando uma comentou com a outra:

- Sabe qual é o nosso problema? Nós não voamos, só sabemos saltar. Daí nossa chance de sobrevivência, quando somos percebidas pelo cachorro, é zero. É por isso que existem muito mais moscas do que pulgas.

E elas contrataram uma mosca como consultora, entraram num programa de reengenharia de vôo e saíram voando. Passado algum tempo, a primeira pulga falou para a outra:

- Quer saber? Voar não é o suficiente, porque ficamos grudadas ao corpo do cachorro e nosso tempo de reação é bem menor do que a velocidade da coçada dele. Temos de aprender a fazer como as abelhas, que sugam o néctar e levantam vôo rapidamente.

E elas contrataram o serviço de consultoria de uma abelha, que lhes ensinou a técnica do chega-suga-voa. Funcionou, mas não resolveu. A primeira pulga explicou por quê:

- Nossa bolsa para armazenar sangue é pequena, por isso temos de ficar muito tempo sugando. Escapar, a gente até escapa, mas não estamos nos alimentando direito. Temos de aprender como os pernilongos fazem para se alimentar com aquela rapidez.

E um pernilongo lhes prestou uma consultoria para incrementar o tamanho do abdômen. Resolvido, mas por poucos minutos. Como tinham ficado maiores, a aproximação delas era facilmente percebida pelo cachorro, e elas eram espantadas antes mesmo de pousar. Foi aí que encontraram uma saltitante pulguinha:

- Ué, vocês estão enormes! Fizeram plástica?

- Não, reengenharia. Agora somos pulgas adaptadas aos desafios do século XXI. Voamos, picamos e podemos armazenar mais alimento.

- E por que é que estão com cara de famintas?

- Isso é temporário. Já estamos fazendo consultoria com um morcego, que vai nos ensinar a técnica do radar. E você?

- Ah, eu vou bem, obrigada. Forte e sadia.

Era verdade. A pulguinha estava viçosa e bem alimentada. Mas as pulgonas não quiseram dar a pata a torcer:

- Mas você não está preocupada com o futuro? Não pensou em uma reengenharia?

- Quem disse que não? Pensei, sim! E fui conversar com a minha avó, que tinha a resposta na ponta da língua.

- E o quê ela disse?

- Não mude nada. Apenas sente no cocuruto do cachorro. É o único lugar que a pata dele não alcança.

Pois é cara pálida, para bom entendedor meia palavra basta, não é verdade?