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domingo, 16 de outubro de 2011

A que pois comparareis os homens da presente geração?

Lucas 7:31

O mundo está um caos. Correria, trabalho, família, filhos, escola, ônibus, trânsito. Loucura, preocupação. Contas a pagar, inflação, recessão, crise econômica. Diante de toda essa balbúrdia a que se transformou a vida, vem a pergunta: será que ainda temos tempo e/ou vontade de adorar?
O que é adorar?
Em hebraico, significa ajoelhar-se, dobrar-se diante do Senhor.
Em grego, significa aproximar-se dele e beijar a Sua mão.
Eis o questionamento. Ajoelhar-se, dobrar-se, aproximar-se, beijar são ações que envolvem a necessidade de uma atitude extrema, de uma medida fora do convencional. É necessária uma ação. Uma adoração!
Jesus estava preocupado com a extrema religiosidade da época. A maior preocupação com a ostentação do que com a simplicidade.
• A adoração exige amor extremo, excessivo, fazendo com que a pessoa, seja levada a prestar culto a uma divindade. Geralmente se refere a atos específicos de devoção ou honra religiosos, tipicamente direcionados a um ser sobrenatural, podendo ser um deus ou uma divindade.
Wikkipédia
Amor extremo, excessivo à Deus ou à religião? À Deus ou aos equipamentos tecnológicos? À Deus ou ao dinheiro?
Cantores que cobram fortunas para levar o povo à adoração. Músicas sem inspiração ou muito mal inspiradas. Antropocentrismos nas letras, onde a vitória tem que ter sabor de mel, excluindo os diabéticos da possibilidade de vencer.
Onde está a essência da adoração? Será que estamos tão insensíveis a isso?
Jesus falou dessa insensibilidade. Tocamos flauta, mas não dançastes; entoamos lamentações e não chorastes. Por que apenas ouvimos e não participamos? Por que apenas tocam flautas e não adoram? É inaceitável a possibilidade de ter uma vida de adoração sem entrega. É inaceitável a idéia de adorar a Deus apenas de lábios ou simplesmente como um hobby ou algo que provoque um “relax”.
Jesus falava a respeito da insensibilidade farisaica, quando recebera um convite para jantar com um deles. Um convite despretensioso, de início. Contudo, o jantar reservaria fortes e incisivas lições de adoração.
O mestre toma lugar à mesa. Interessante lembrar que Jesus estava na casa de Simão, o leproso. Antes de Jesus, ninguém entraria lá. Jesus o curara e logo houve um jantar para comemoração. Muitos estavam presentes na festa. Contudo uma mulher ensinou a todos a verdadeira adoração.
1. Não importa quem você é ou foi. Adore! A mulher era pecadora. Seu passado era podre. Ela não era bem-vinda no lugar. As pessoas a olhavam com olhos reprovadores e acusadores. Às vezes, nos prendemos nos mais variados estereótipos. Condenamos pela aparência, pelos cortes de cabelo, pelas roupas e adereços, quando percebemos que nem a conduta pregressa é importante. Deus quer adoração.
2. Traga sempre um presente. Adore! Os reis magos trouxeram presentes do oriente. Especiarias. Ouro, incenso, mirra. Eram presentes especiais para alguém especial. Era um presente caro, um frasco de ungüento valia até 300 denários, onde cada denário era o salário referente a um dia de trabalho de um lavrador. Adore também com suas ofertas. Não seja um adorador do dinheiro.
3. Se quiser, pode chorar! Adore! Não de forma fingida ou forçada. A melhor maneira de se arrepender é com adoração. O pecado afasta o homem de Deus. A adoração é um elo de reaproximação através do sangue de Jesus onde restabelecemos as alianças quebradas.
4. Não se importe com o que vão pensar. Adore! Aquela mulher tirou o véu e enxugou os pés de Jesus com os cabelos. Ela abriu mão das tradições e regras de conduta que diziam que era desonroso para mulher estar sem o véu e que apenas as meretrizes ficavam sem véu. Ela adorou reconhecendo quem ela era. Sem farsas, nem máscaras. Ela estava nos ensinando a autenticidade da adoração.

Adorar é isso. É ação. È adoração!
• Ajoelhar-se, reconhecendo que Ele é Rei. Quando vamos parar de achar que somos donos do nosso nariz? Ele é Rei, somos servos! Até os príncipes se ajoelham diante de seu Rei.
• Dobrar-se, tornar-se suscetível a mudanças, mas não muito. Rigidez provoca quebra. Resistência provoca mudança de forma sem quebrar. Meu jeito de adorar a Deus é esse e pronto! É rigidez. Eu respeito as formas de adoração e estou ao teu dispor, Senhor. É resistência.
• Aproximar-se, buscando sua presença. Esteja perto. Não se afaste de Deus. Aproxime-se em adoração.
• Beijar sua mão, como um filho que pede as bênçãos do Pai. Pedimos que Ele nos abençoe. Busque em primeiro lugar o Reino de Deus e as demais coisas vos serão acrescentadas.

4 comentários:

  1. No meu parecer simplório, o fato de não adorarmos como antes, buscar o primeiro constante está na não "adoração ao outro", para amarmos a Deus precisamos também amar o nosso próximo. Do contrário a adoração é, sem dúvida, prejudicada. Como podemos adorar a Deus financiando o descaso com o nosso irmão que sofre do nosso lado e não fazemos nada? Fofocas disseminadas aos quatros ventos sem escrúpulos, e a menor insensibilidade de importar-se de como estar o irmão. Às vezes ajudamos, quando na reafirmação da expressão natureza humana ou é natural, é do se humano, à propagação de valores deturpados de sociedade amoral, sem amor, jogadas ao descaso sentimental. Dizemos que é natural do homem todos os erros a nós atribuídos, mas como justificativa para a não busca de Deus,e, não condescendência dos valores pertinentes às doutrinas bíblicas. Adorar seria necessário se fizessemos o que cumpre a lei do homem de que: É Natural do Homem? Não haveria sentido elevar uma lei em detrimento de outra. Não temos feito outra coisa a não ser isso. Incircuciso para mim no senso comum e de ordem judeu-farisaica da época é o mesmo o que o "desviado" de hoje enfim. Muitas coisas nojentas que vejo, mas é bom calar de vez em quando.
    Paz!

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  2. Seu silêncio, amigo Jef, é o silêncio de quem já conseguiu enxergar o sentido das coisas e percebe que jogar palavras ao vento, por mais importantes e persuasivas que sejam, é no mínimo desencorajador. Contudo, calar-se é difícil demais e fico feliz de contar com seus gritos de revolta diante de tanto farisaismo e intransigência.
    Obrigado por sua participação brilhante!

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  3. No mais recente culto que houve em nossa congregação, no momento do altar, o Espírito Santo nos envolveu em um grande momento de adoração. E naqueles minutos havia uma atmosfera espiritual, uma unção era soprada. Então percebi que perde-se muito tempo em um culto. Quando na verdade Deus tem sede da nossa adoração. É preciso nos voltarmos mais para à adoração porque nela sentimos o cheiro se Deus. A paz de Cristo!

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  4. Uma das mais lindas palavras, com um significado tão nobre e maravilhoso, a adoração faz parte das primeiras expressões que formam o novo vocabulário e vida do discípulo. Ela é alvo de nossa profunda busca, e sempre reconhecemos que podemos ir mais além, "mergulhar" nas águas profundas do Espírito. (a garrafa!) a paz do senhor Pr.joão Victor lembrando que estou de volta! Um forte abraço!

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