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quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Semana dos 34 #2 #TBT

Atrasado, mas precisava escrever a história da minha segunda década de vida. Muita coisa especial aconteceu. Aos 10 anos ainda queria ser jogador de futebol do Vasco da Gama. Queria ser o Bebeto, pelo porte físico franzino e o jeito de bater na bola. Nosso quintal era um campo de futebol. Claro, não com as mesmas dimensões. Muito longe disso. Dividíamos o espaço com várias árvores, pés de seriguela, jaca, cajarana, uma mangueira bem frondosa, goiabeira, coqueiro e um pé de sapoti que até hoje acho que era macho, porque nunca vi sair um sapoti sequer de lá. Meu quintal era quase um complexo olímpico, indo desde o futebol de areia, volei de praia (quintal na verdade), basquete de terra, tênis (no saibro), além das brincadeiras realmente infantis, como triângulo, bila, etc...Como não saía muito de casa, os amigos da igreja e vizinhos faziam as festas esportivas no quintal lá de casa. Era muito divertido.
Foi a fase dos desenhos e seriados japoneses. Jaspion, Changeman e os meus para sempre favoritos Cavaleiros do Zodíaco. Cada amigo era um cavaleiro. Jonatas Seya, Alisson Shiryu, Jorge Ikki, Otaniel Shun e eu era o mais incrível de todos: Yoga de Cisne. kkkk...Bom lembrar disso. Pó de diamante pra vcs.
Nessa fase, descobrimos a música. Eu e o Jorge, meu inseparável irmão, começamos a aprender a tocar. Eu, numa guitarra que ficou marcada pra história, uma Jeniffer preta, linda demais. O Jorge, nas panelas de casa, no sofá, até ganhar uma Drumond, onde os tons eram maiores que os bumbos de hoje em dia. Foi quando apareceu o Ananias, me apresentando as notas dissonantes das revistas que ensinavam a tocar violão, o Júnior (amigo antigo) e a figura do Zedequias, com sua roupa branca única e guitarra vermelha, chegando de mototáxi (com um sotaque peculiar). Começava a Banda Quarta Dimensão.
Aos 15 anos, começamos a tocar praticamente todos os sábados. Eventos em vários lugares da cidade. Colégios, igrejas, praças, cruzadas, campanhas evangelísticas. Para onde chamavam, a gente ia. Depois o Júnior saiu da banda e eu assumi o vocal e os teclados. O Téo depois se juntou ao trio e a gente fez muito a obra de Deus juntos. Viagens, ônibus, kombis, caminhões. A gente não tinha um centavo no bolso. Contudo, a alegria de tocar, de cantar, de fazer a obra de Deus era imensa. Bons tempos.
Aos 16 entrei na faculdade. Fiz vestibular para Odontologia na UFC, Veterinária na UECE e Fisioterapia na UNIFOR. Passei nas três. Entre os dez primeiros. Apareci no jornal. O menino que já quis ser motorista de ônibus, jogador de futebol e médico, optou por ser dentista. Não quis raspar a cabeça quando fui aprovado. Meus colegas de turma, na segunda semana de aula na UFC, fizeram isso por mim. Traumas capilares começaram a me perseguir desde então.
Aos 19 conheci Helane. Esbarrei com uma moça linda, na saída da igreja. Ela era nova. Nunca tinha visto. Senti algo estranho. Começamos a nos paquerar. Algum tempo depois a convidei para um jantar de dia dos namorados na igreja. Ela aceitou. Interessante saber que ela me atacou...kkkk. Foi um dia, depois do culto. Ela havia saído meio enciumada pelo fato de eu ser bastante receptivo, principalmente com o sexo feminino (rs). Eu fui atrás dela. Fui beijar o rosto dela como despedida. Ela desviou e roubou de mim um beijão na boca. Aí não deu mais pra segurar. Dias depois começamos a namorar...O resto, são cenas dos próximos capítulos.


Continua...

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