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domingo, 26 de junho de 2011

Duas mulheres, um Rei.


1 Reis 3.16-28

O nosso senso de justiça é muito pessoal. Geralmente, enxergamos as falhas nas outras pessoas, atacamos para nos defender, batemos para não apanhar. A legítima defesa nem sempre é tão legítima. Muitas vezes, nem mesmo como defesa podemos considerá-la. Duas mulheres chegam diante de Salomão. Duas histórias diferentes sobre o mesmo assunto. Duas versões. Quem está certo? Quem tem razão? Como descobrir a verdade? Onde está a verdade? Salomão pediu sabedoria. Precisamos dela.
A princípio, algumas questões devem ser levantadas. Primeiro sobre as mulheres envolvidas no caso. Não tinham uma visita muito santa. Não eram mulheres consagradas. Não vinham de famílias tradicionais do reino. Entretanto, tinham condição de falar com o Rei.
1. Não importa a tua situação hoje. O Rei está disposto a te ouvir. Talvez você não tenha amigos para compartilhar suas aflições, nem teus pais te escutam. Talvez você não se sinta digno de estar na presença Dele, mas o Rei vai te ouvir. Ele quer ouvir a tua história, mesmo que Ele já saiba. Ele faz questão de entrar contigo no problema, seja qual for.
Em segundo lugar, as duas eram amigas. Moravam juntas, dividiam um mesmo espaço. Se não eram muito apegadas, mas conseguiam conviver, quem sabe até harmoniosamente. As duas deram à luz na mesma época. Três dias de diferença, apenas. Compartilharam as dificuldades gestacionais. Passaram por lutas, enjôos, mal-estar, dores de parto. Estavam juntas. Alegraram-se com seus filhos. Contudo, houve um acidente. Aconteceu algo inesperado que fez desmoronar tudo que elas haviam construído juntas.
2. Não permita que acontecimentos isolados ou inesperados destruam tudo que você construiu. Conserte as rachaduras. Troque as telhas. Tranque as portas. Sua casa não pode desmoronar. Não permita que o inimigo acabe com a tua família, com a tua vida. Ainda há como evitar tragédias.
Em terceiro lugar, o descuido durante o sono provocou a morte de um filho. Aquilo que a mulher esperou por 9 meses, o projeto que estava crescendo dentro dela, os planos que havia traçado para a vida se foram por causa de um descuido. Enquanto dormia, provocou a morte da criança. Muitos matam seus sonhos por causa do sono. Dormem e não percebem o que estão fazendo. Rolam de um lado para outro, dormindo, caem, se machucam e matam seus filhos.
3. Desperte do sono. Seus planos correm perigo e, principalmente, os planos de Deus a seu respeito. Proteja seus filhos. Não deixe o sono te derrubar da janela. Nem sempre será possível ressuscitar.
O acidente causado pelo sono que provocou a morte da criança fez aquela mulher cometer vários erros consecutivos. Aparece então inveja, a sensação de se achar inferior. O erro tinha que ser transferido. Quem errou foi ela, e não eu. O filho morto é o dela, e não o meu. A ruim é ela, e não eu. Quem tem que chorar é ela, não eu. Quem precisa se arrepender é ela, não eu. O sofrimento tem que ser dela, não meu.
Aquela mulher estava disposta a criar um filho que não era dela só para não reconhecer que errou. Quantas vezes pessoas agem assim? Usam-se da “esperteza”, da malandragem, da mentira, para não assumir suas falhas. Apenas por uma razão. Quem tem que vencer sou eu. Os fins justificam os meios. Chega de querer levar vantagem. Chega de nos acharmos donos da verdade, sendo que, bem lá no fundo, sabemos que estamos agindo errado. Chega de querer pisar nos outros, simplesmente porque estamos por cima. O mundo gira. Um dia, estamos por cima, mas no outro podemos estar por baixo.
A mulher cria uma mentira. Põe o filho morto nos braços da outra. Joga os problemas para a outra. O assunto chega ao Rei. Salomão ouve e faz uma proposta. Dividam o filho. Dividir o filho seria matar. Separar em das partes seria acabar com tudo. Meias verdades não são verdades. Em cima do muro, a possibilidade de cair é maior. Contudo era um blefe. A VERDADE aparece. De que forma?
1. A verdade está com quem ouve o que vem de dentro. A mulher que falava a verdade sentiu suas entranhas se estremecerem. É o choro da alma. É o clamor do Espírito Santo. Quem está com a razão? Sinta o Espírito Santo falando com você. Que atitude você tem que tomar hoje?
2. A verdade está com quem reconhece o Senhor como tal. Quando abrimos mão do nosso orgulho e nos lançamos aos pés do Rei, Ele age a nosso favor! E o nome do Rei é glorificado! Não devemos nos enxergar apenas como príncipes, mas como servos. Ele é Rei, mas também é Senhor.
3. A verdade está com quem é capaz de abrir mão. Jesus abriu mão do seu trono para estar ao seu lado. Não o mate. Disse a mulher. Ela pode ficar com ele. Eu quero que meu filho viva! Jesus morreu, para que você tivesse vida!

Só pela graça,

João Victor

Um comentário:

  1. Olá! Só queria dizer que esse texto foi uma grande resposta de Deus na minha vida! obrigada por se deixar ser usado para escrever o que Deus te manda, e abençoar outros, como eu!
    Ana - Taubaté - SP

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