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sexta-feira, 2 de abril de 2010

Vaidade de vaidades...O que é vaidade?

Salomão (talvez tenha sido ele mesmo), quando escreveu Eclesiastes, passava por uma fase meio reflexiva. A preocupação com o mundo ao redor e principalmente e primordialmente com o mundo dentro dele, o fez dissertar sobre a efemeridade da vida. Quando citou que "não há nada de novo debaixo do sol", jamais imaginara que, muitos séculos depois, o grande químico Lavoisier, com sua Lei da Conservação das Massas, provaria que "na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. Salomão tinha razão. Tudo é a repetição de algo que já foi dito. Tudo é a mesma coisa do passado.
Como diziam os Titãs, a música que faz sucesso é a melhor música dos últimos tempos da última semana (sucesso passageiro), o maior sucesso brasileiro de música americana (plágios e mais plágios, se pelo menos copiassem o que é bom). O melhor disco dos últimos anos vem recheado de sucessos do passado. Meras repetições. Na verdade tudo é uma cópia. São raríssimos os processos criativos. As pessoas têm a famigerada preguiça de pensar. É bem mais fácil xerocar idéias e atitudes, fundamentadas em opiniões meramente humanas e falhas.
É. Realmente Salomão estava meio decepcionado com tudo isso quando escreveu Eclesiastes. Tudo é vaidade, disse ele. Muitas vezes, por sinal. Contudo, o que é vaidade na verdade?
No hebraico, significa vazio, oco. Mas o vazio não está relacionado com conteúdo? E vaidade não é o que está por fora?
Na realidade, NÃO. Vaidade é o que está por dentro. É o vazio existencial que torna a vida sem sentido. São as palavras ocas, sem essência. Pura vaidade. Não os adornos ou as vestes, mas o que está dentro. A vaidade é passageira, é um sopro, que não provoca nenhuma espécie de mudança. Sepulcros caiados, como disse Jesus. E o pior de tudo: muitos fundamentam sua existência na terra no que os outros vão ver.
Quando nos prendemos muito na aparência, nos preocupando se esse ou aquele está dentro do padrão "dogmático", caímos na vaidade de achar ser vaidade o que não é. Precisamos olhar para dentro de nós e procurar uma razão de ser. Se o Espírito Santo habita em nós, o vazio já não existe. Dessa forma, juntamente com esse vazio, vai embora a vaidade.
Oh! Vaidade! Tudo é vaidade! O passado que passa e volta e depois passa! Deixa de ser passado e passa a ser presente para tornar-se um futuro que um dia vai virar passado também. As rugas chegam, os cabelos caem. Que importa isso? O que importa é que dentro da carcaça humanóide tem que estar um homem novo. Um novo homem, restaurado, transformado, sem vaidades, sem vazios, com novas histórias, com novas experiências.
Isso sim, não é vaidade. É felicidade.

Só pela graça,

Pr. João Victor

continua...

2 comentários:

  1. João! Louvo a Deus pelo momento atual de poder conviver e debater contigo sobre assuntos como este.
    Sabe, há momentos na caminhada que de tanto vermos pessoas desperdiçando seu tempo em vaidades, nos sentimos meio que impotentes. Na verdade, hoje tenho a certeza de ser impotente, pois é o Deus de poder que opera através de nós.
    Contudo, esta convicção não pode nos deixar na zona de conforto pois precisamos nos colocar a disposição de Deus para sermos
    vaso de benção para os demais.
    Assim como disseste só pela graça de Deus para encontrarmos sentido nesta caminhada, que para muitos parece vazias, mas para nós, loucos, é algo indescrítivel e maravilhoso. Sejamos sal e luz!
    Tô na espera dá continuação.
    Paz.

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  2. É isso aí querido David...Captaste perfeitamente o sentido do texto. Se não fosse a graça dentro de nós...eiê.
    Só o Senhor preenche essas lacunas.

    Grande abraço, amigo!

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