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terça-feira, 9 de março de 2010

Como amadurecem as bananas verdes?

Por Pr. João Victor

Nos últimos dias, tenho passado por momentos de reflexão que, em muitas noites, tem me deixado sem fechar os olhos. Estive, na última quinta feira, numa reunião com alguns "irmãos" que estavam se desligando do nosso ministério. Poderia ter evitado esse encontro, mas creio que Deus sempre está disposto a nos ensinar.
Fomos bombardeados recentemente com uma onda de calúnias, difamações e acontecimentos que vieram, tenho certeza disso, para provar a nossa fé.
Lembro de quando eu trabalhava em Palmácia, interior do Ceará. A comunidade, para nos agradar e como forma de carinho, nos presentiava. Ganhei, certo dia, de uma paciente, uma penca de bananas (que expressão engraçada, rs). Contudo, as bananas, muito bonitas por sinal, estavam verdes. Perguntei se demoravam pra amadurecer. Aquela senhora, detentora da sabedoria popular, disse que eu as colocasse em um lugar abafado e quente. Dessa forma, as bananas ficariam maduras mais rápido.
Em meio ao calor dos últimos fatos, percebo que existem dois caminhos. O caminho do amadurecimento ou o rumo da putrefação.
Lamento informar, meus amigos, que na reunião de quinta (feira ou categoria, qualquer complemento é viável), pude ver um povo putrefacto. Revolta, ódio, rebelião, ira. Que sentimentos detestáveis! Ouvir o termo "Deus é amor, mas tambem é justiça" me fez entrar no túnel do tempo e me imaginar dentro de um filme, com milhares de fariseus, judeus, gritando CRUCIFICA-O! O pior é que os mesmo que gritavam CRUCIFICA-O, antes tinham uma grande estima.
Daí me perguntei: Onde está o amor?
Que evangelho está sendo pregado nesses púlpitos? Que tipo de deus essas pessoas servem?
O deus carrasco, que manda matar mulheres e crianças?
O deus vingativo, que faz descer fogo do céu pra queimar, não o holocausto, mas o pecador?
O deus que pode enviar Jesus pra morrer na cruz e nos perdoar, mas que não nos permite aceitar quando um irmão falha?
Agradeço ao Senhor por nunca ter cantado ou pregado sobre esse deus. Quero continuar pregando o Deus vivo, que contempla nossas imperfeições, mas nos ama mesmo assim.
Afinal de contas, não somos salvos por sermos bonzinhos ou santinhos, mas pela graça! Não merecemos, mas Ele nos salva!
Espero que um dia, as bananas podres entendam que o veneno pregado nos púlpitos é que verdadeiramente fez isso com elas e não o calor da tribulação.
Esse calor nos amadurece e não apodrece.


Pr. João Victor

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