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terça-feira, 16 de março de 2010

Vendo chifre em cabeça de cavalo II

Por Pr. João Victor

Ouvi na rádio essa semana uma discussão sobre a música de abertura da novela CAMA DE GATO, da Rede Globo. Tenho muitas opiniões contrárias a essa emissora de TV, principalmente sobre a forma como manipulam as massas e influenciam toda uma sociedade, lançando modas e costumes através de suas novelas, programas e reality shows.
Entretanto, devemos ser imparciais e dividir as coisas. A música Pelo Avesso, dos Titãs, foi alvo de duras críticas por pessoas influentes ou não, de denominações evangélicas. A música foi taxada de satânica, diabólica, enfim, de obra criada nos quintos dos infernos.
Parei, pensei, refleti. Como não engulo tudo que escuto, fui analisar a letra da música. Na verdade, NÃO HÁ NENHUM TIPO DE OBRA DO DIABO. A música é uma crítica à impunidade, uma revolta contra a nossa insignificância diante de tanta perversidade. Um mundo onde adolescentes participam de homicídios, protegidos pelo atrasado código penal, onde ladrões invadem casas, fazendo de refém mulheres, idodos e crianças. Um mundo onde vivemos presos, enquanto que os bandidos estão soltos, dando gargalhadads para as leis dos "homens de paletó".
Lembro de um dia que eu estava no consultório e dois meliantes invadiram a clínica e anunciaram o assalto. Após uma manhã exaustiva de trabalho, com dores na coluna, tive que ser chamado de VAGABUNDO e aguentei calado. Enfim, uma arma estava voltada para mim. Deu vontade de falar : "Sim, senhor cidadão brasileiro"
O que os Titãs fazem é um desabafo. É o "chutar do balde" da sociedade. Leiam e reflitam. E parem de ver chifres em cabeça de cavalo. Mais uma vez...

Pelo Avesso
Titãs

Vamos deixar que entrem
Que invadam o seu lar
Pedir que quebrem
Que acabem com seu bem-estar
Vamos pedir que quebrem
O que eu construí pra mim
Que joguem lixo
Que destruam o meu jardim
Eu quero o mesmo inferno
A mesma cela de prisão - a falta de futuro
Eu quero a mesma humilhação - a falta de futuro
Vamos deixar que entrem
Que invadam o meu quintal
Que sujem a casa
E rasguem as roupas no varal
Vamos pedir que quebrem
Sua sala de jantar
Que quebrem os móveis
E queimem tudo o que restar
Eu quero o mesmo inferno
A mesma cela de prisão - a falta de futuro
Eu quero a mesma humilhação - a falta de futuro
Eu quero o mesmo inferno
A mesma cela de prisão - a falta de futuro
O mesmo desespero
Vamos deixar que entrem
Como uma interrogação
Até os inocentes
Aqui já não tem perdão
Vamos pedir que quebrem
Destruir qualquer certeza
Até o que é mesmo belo
Aqui já não tem beleza
Vamos deixar que entrem
E fiquem com o que você tem
Até o que é de todos
Já não é de ninguém
Pedir que quebrem
Mendigar pelas esquinas
Até o que é novo
Já esta em ruinas
Vamos deixar que entrem
Nada é como você pensa
Pedir que sentem
Aos que entraram sem licença
Pedir que quebrem
Que derrubem o meu muro
Atrás de tantas cercas
Quem é que pode estar seguro?
Eu quero o mesmo inferno
A mesma cela de prisão - a falta de futuro
Eu quero a mesma humilhação - a falta de futuro
Eu quero o mesmo inferno
A mesma cela de prisão - a falta de futuro
O mesmo desespero

Um comentário:

  1. Shalom!

    Amado Pr João Victor, uma alegria conhecer seu blog. O Eterno resplandeça o rosto Dele sobre ti, sua família e o ministério que Ele te entregou.

    MEdite no Sl 36.8,9

    Nele, Pr Marcello

    Visite: http://davarelohim.blogspot.com/

    e veja o interessante texto:

    Quem é a "senhora eleita" de II Jo?

    P.s>>> Caso o pr se identifique com o blog, torne um seguidor. Será uma honra!

    Grato.

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